Giselda Laporta
Nicolelis
Pássaro contra vidraça
Era
um bom dia para acordar, tomar banho, tomar o café da manhã e ir à escola. Mas
Igor não tão animado para isso, seu pai Rogério acordava cedo, tomava seu café
e já corria direto ao estacionamento para ver o carro. Já sua mãe, Renata,
gostava muito de passear com suas amigas aos novos lugares da cidade para fazer
compras, embora trabalhasse, fazia isso tudo, todos os dias, já tinha virado
rotina. Ela era muito vaidosa, anda sempre arrumada, Rogério também era bem
vaidoso, gostava de andar na moda, com roupas de grife e tudo mais. Era um
empresário e precisava ter boa aparência.
Igor
era um adolescente de dezoito anos, ainda no Ensino Médio e muito desligado das
coisas, principalmente nos estudos. Seus pais era ricos e colocaram e por isso
sempre estudou nas melhores escolas, tinha status, mesada, quase tinha tudo...
Quase!
E
lá estava Igor, na sala de aula, sentado na cadeira pensando no que estava
fazendo ali, lá ele tinha amigos, Sérgio, Leandro, Thiago e o nerd do Roberval.
No caso só eram os quatro primeiros, porque Roberval era u menino humilde,
filho do porteiro do colégio onde ele estudavam e Igor e os outros não eram
muito de conversar com ele, só quando queriam respostas das atividades e das
questões das provas. Seu melhor amigo era Sérgio, que certa vez o foi com Igor
a um lugar escondido. Chegando lá Sérgio mostrou a Igor um pó branco, chamado
cocaína e perguntou:
-
O que você acha da gente ir ali depois da aula? Quero te mostrar como isso
funciona.
-
Tá bom - respondeu Igor, curioso.
Acabou
a aula e Sérgio e Igor saíram da escola.
Com
a droga nas mãos novamente, Sérgio pergunta:
-
Você quer experimentar? Estou vendendo.
-
Mas o que é isso Sérgio? – perguntou Igor, confuso.
-
primeiro me responde se vai querer ou nem te mostro como se usa.
-
Tá bom! Quanto é?
-
Cinco reais- reponde Sérgio com o saquinho de cocaína nas mãos.
-
Tá e agora? O que eu faço com isso? – diz Igor.
-
Quando você chegar em casa, coloca um pouco em prato pequeno, pega um canudinho
e cheira, mas não vai exagerar, senão você vai ficar muito doidão- conclui
Sérgio rindo.
-
Ok! Quando chegar em casa eu vejo esse negócio.
Logo
Igor chegou em casa animado com a experiência que teria. Pegou um prato e foi
direto para o quarto, pois tinha empregados na casa, resolveu fechar a porta.
Depois que ele cheirou aquela droga, tudo começou a girar na sua cabeça.
Provavelmente já estava fazendo efeito.
Saiu do quarto do quarto minutos depois, tomou banho, almoçou e voltou
para o quarto novamente.
Passado
aquele dia, Igor foi pra aula e conversando com Sérgio disse que havia gostado
muito e no final da aula iria comprar de novo. Sérgio ficou animado com seu
novo cliente e concordou sorrindo. Igor deitou sobre os braços, não dando a
mínima para o que estava acontecendo na aula, só pensava na droga. Suas notas
nunca foram muito boas, mas no decorrer daquele ano, as coisas só pioraram,
pois Igor estava cada dia mais maluco com as drogas que Sérgio lhe oferecia.
Igor
gosta de uma menina do colégio chamada Karina, mas ele sabia que Roberval
gostava dela também e não queria aceitar, não era só porque Roberval era
certinho, nerd que a mina ficaria com ele. Igor buscou se aproximar de Karina,
manter contato e tudo mais, no entanto ela disse que ele estava muito estranho
ultimamente e sabia que ele tinha se tornado dependente de drogas, disse ainda
que não era bom ficar conversando com
ele, pois não era ele não era boa influência e poderia estragar os
sonhos dela. Igor ficou desapontado com tudo que ouviu dela.
Passaram-se
os dias e Igor piorava cada vez mais. Sérgio já havia oferecido outras drogas
mais fortes para ele e os outros amigos, todos estava viciados, malucos da
cabeça, menos Roberval, que rejeitou desde o início e tinha um futuro brilhante
a sua frente. Logo percebeu que aquele garotos não eram amizades para ele,
então se afastou. O grupinho ficou então sem Roberval, a única salvação para
serem aprovados.
Com
um tempo esse grupo de amigo já nem sentiam mais falta de Roberval, pois não
ligavam mais para nada, só pensavam em drogas, queriam cada vez mais, afinal
aquilo os deixava muito felizes e alucinados. Quando estavam tristes, aquilo
bastava para ajudar a elevar autoestima de novo.
Tudo
era perfeito enquanto tinham drogas, porém aos poucos começou faltar dinheiro
para manter o vício. Igor resolveu então ir para casa da tia Zilah. Ela tinha
muitas joias. Igor começou a roubar as joias de sua tia e culpar a empregada
pelo sumiço das joias. Tia Zilah logo percebeu quem era o verdadeiro culpado. Procurou
Igor e perguntou?
-
Foi você quem roubou minhas joias? Não minta pra mim, fale a verdade.
-
Não! Eu não roubei nada- diz desconfiado.
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